Hoje aconteceu a Run in Lyon, maior evento de corrida da cidade, com distâncias de 10k, 21k e 42k.
Foram quase 33 mil concluíntes, sendo pouco mais de 5 mil na maratona, 16 mil na meia e 11 mil nos 10k. Um dia cheio de corredores ocupando as ruas de Lyon do começo da manhã até depois do meio-dia.
Depois de ter feito duas vezes os 21k por aqui, e sem planos de viagem de avião até o fim do ano por conta da gravidez – nossos pequenos estão quase aí 🙂 – acabou fazendo mais sentido encarar os 42k em casa mesmo. Mais prático, menos logística, e uma chance de fazer uma prova realmente grande, em casa.
A retirada dos kits aconteceu na sexta e no sábado, entre 10h e 19h e 10h e 18h, respectivamente.
Deixei o carro em Vaise, num estacionamento com conexão ao transporte público – uma combinação que facilita bastante a logística e que já serviu como teste para repetir no dia da maratona.
Retirei o kit no sábado à tarde, por volta das 16h, como sempre na Place Bellecour. Este ano foi bem organizado, sem filas. Os acessos para retirada do número de peito do 10k eram diferentes dos da meia e da maratona, o que já ajudava a dividir bem o fluxo.
Passei direto pela feira, peguei a camiseta e a mochila (exclusiva para os maratonistas) e voltei pra casa.
No sábado à noite, dormi cerca de 3h30, por conta de alguns problemas pessoais. O dia começou de fato às 5h: tomei o café da manhã e saí às 7h, repetindo o trajeto do dia anterior: carro até Vaise, metrô, poucas estações até a Place Bellecour, chegando lá por volta de 7h40.
O clima era incerto – saí de casa de manga comprida e corta-vento, pensando em usá-los durante a prova, mas levei também uma manga curta e roupa seca por precaução. Estava nublado, com cara de frio, mas na hora optei pela camiseta curta. No aquecimento ainda era frio, mas depois que começa nem se sente mais.
A prova começou às 8h15, com largada em ondas, divididas por tempo estimado.
Cada SAS tinha horário de convocação e de largada diferente. Larguei no SAS amarelo (3h45 / 4h00), que começou às 8h24. As ondas seguintes iam até os corredores com previsão acima de 4h30, com a última largada às 8h31.
Achei a entrada e organização dessas ondas um pouco bagunçada. A área de largada poderia ser em um local mais apropriado na minha opinião, fica em uma região apesar de fácil acesso, muito estreita e tumultuada. Outra alternativa seria separar mais, mais ondas e separar a meia da maratona nas ondas, não largarem juntos.
Consegui seguir o ritmo planejado até onde deu. Do km 28 em diante, o corpo começou a pesar e fui alternando corrida e caminhada. Nada fora do esperado – aquele trecho em que todo mundo começa a negociar consigo mesmo. Segui até onde dava, controlando como podia.
Uma coisa que realmente atrapalhou foi o esquema de hidratação que fizeram, por “medidas ecológicas”. Não oferecer copos e depender de bico de torneira pra encher garrafa é uma escolha ruim. E pra quem não leva garrafa, complica. Por mais que digam que você só perde “2 segundos” enchendo a sua, eu pausei o Garmin nesses pontos e comparei com o tempo oficial: perdi quase 4 minutos só nisso.
Sabendo que Paris segue a mesma lógica, já entra na lista das que não me atraem. E o mesmo vale pra Run in Lyon. Prova de rua não é trail – não faz sentido correr com mochila, garrafa e tralha pendurada. Pra treino, tudo bem. Mas pra prova, não.
Não foi minha melhor prova, nem minha pior. Mas era o que dava pra fazer hoje, devido a várias circunstâncias fora de nosso controle.
Um último 42k antes da rotina mudar por completo, e isso já valeu o dia.
Resultado:
