A Generali Berlin Half Marathon marcou minha última etapa das SuperHalfs, agora chamadas de SH6. Originalmente compostas por Lisboa, Praga, Copenhagen, Cardiff e Valência (as famosas SH5), o circuito ganhou recentemente a Meia de Berlim como sexta integrante, o que estendeu o prazo de conclusão de 3 para 5 anos. Com o aumento da procura e o esgotamento rápido das inscrições – algumas agora disponíveis apenas por sorteio –, o desafio ganhou um novo ritmo. Inclusive, o prazo que antes era algo limitado em 5 anos, agora é como as majors: lifetime.
Como Berlim entrou por último no circuito, acabou se tornando a última meia a ser concluída nessa jornada. A prova aconteceu neste último fim de semana, encerrando esse ciclo de forma simbólica.
Foi uma viagem rápida, quase um bate-volta estendido. Saímos de Lyon na quinta à noite e voltamos no domingo no fim da tarde. Nos hospedamos na mesma região em que ficamos durante a Maratona de Berlim, ali perto da Wittenbergplatz. Coincidentemente (ou não), a meia também passa por lá – é o km 10 da prova –, e a localização facilita bastante o acesso à largada, que acontece próxima ao Portão de Brandemburgo (Brandenburger Tor).
Na sexta-feira, por volta do meio-dia, fomos até o Messe Berlin – um centro de eventos um pouco afastado da região central – para fazer a retirada do kit. O trajeto foi simples (pelo menos na teoria): metrô saindo do Wittenbergplatz até o Zoologischer Garten, e de lá um trem direto ao Messe. Na prática, acabamos pegando um trem errado e fomos parar em outro lugar, mas nada que um leve desvio e uma dose de paciência não resolvessem.
Na retirada do kit, recebemos primeiro a pulseira de identificação e depois o número de peito. Compramos a camiseta oficial da prova ali mesmo e ficamos cerca de uma hora explorando o evento.
O restante do fim de semana foi mais tranquilo, com passeios leves por Berlim até o domingo. O clima estava agradável até sábado, com temperaturas entre 8 °C e 20 °C. Mas no domingo veio uma frente fria, e a temperatura despencou para algo entre 2 °C e 8 °C – na largada fazia cerca de 4 °C, com rajadas de vento para completar.
Acordei às 7h, tomei café no quarto mesmo – pão, banana e suco de laranja –, e esperei até as 9h para sair. Minha onda, a C, largaria às 10h08. Peguei o metrô na Wittenbergplatz rumo ao Portão de Brandemburgo, seguindo o fluxo de corredores. O trajeto foi tranquilo, com uma baldeação rápida em Gleisdreieck e chegada em Potsdamer Platz. De lá, seguimos a pé até a área da largada.
Entrei no curral e esperei cerca de 10 minutos. Apesar do frio, o corpo já estava aquecido, e acabei pendurando a corta-vento na cintura antes mesmo de largar. Fica a lição para as próximas: talvez valha a pena levar roupas para descarte e evitar carregar tralhas durante a prova.
A largada foi pontual às 10h08. Fui forte até onde deu. No km 10, encontrei a Raquel perto do hotel, deixei com ela as roupas de frio e peguei um suco de laranja para seguir em frente – logo depois havia o segundo ponto de hidratação (o primeiro foi no km 5).
Depois dali, o ritmo caiu bastante e seguiu assim até o fim. Cruzei a linha de chegada com 1h52, um pouco acima do que esperava, mas dentro do que dava para entregar no dia.
Peguei a medalha da prova, a medalha de conclusão do circuito das SuperHalfs, um poncho para tentar me descongelar, e fui reencontrar a Raquel. Fim de ciclo, com aquela sensação boa de missão cumprida.
Resultado:
